Monday, March 26, 2007


CONCRETO


Sou concreto
como os desejos
que se derramam
e respingam nos azulejos.

Concreto como um precipício
corpo que cai
sem tempo
de olhar para trás.

Concretocortante
menos que diamante
talvez mera pedra
que quebra o vidro.

Sou concreto
e disso ninguém pode duvidar
trago em mim a dúvida
que um dia se concretizará...


(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*

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