Tuesday, July 31, 2007


PÓLEN-POESIA


" Cultivo as palavras

Plantas raras

Em um jardim sem flores


Polinizo o mundo

Pólen-poesia

Em uma colméia vazia


Deixo a luz entrar

Lume vago

De um farol sem mar


Liberto os pássaros

Vôo cego

Em uma gaiola de ar


Coleciono búzios e conchas

Restos do oceano

Em um hoje deserto habitát


Alimento os sonhos

Inútil lida

Em um mundo que não sabe mais delirar..."


(Gustavo Adonias)



*Poesia registrada na Biblioteca Nacional sob número registro 401.580*

Tuesday, July 24, 2007



ALADO


"Sou um ser alado

De asas azuis e sonhos sem fim

De olhos que refletem o céu

De voz calada, quase muda

Mudo de plumagem

Mudando de ares a cada instante

Nesse vôo sem fim, sem escalas

Pra dentro de mim

Sinto assim

Voar não é só para os pássaros..."


GUSTAVO ADONIAS


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional sob registro 401.580*

Thursday, July 19, 2007


EQUIDISTANTE


"Parto de um porto

Pequeno ponto

Ao norte do meu canto

Equidistante

Da minha fonte

Ao sul do muro

Que separa o meu ser

Do outro ser que me habita

Nas horas aflitas

De silêncio confesso."


(Gustavo Adonias)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional sob registro 401.580*

Sunday, July 15, 2007


AT(EU)


"Este deus que não existe

Habita o meu vazio

Minhas horas vãs

Ele me empresta

As palavras que emprego

Nos meus momentos de silêncio absoluto

Ele me abre os olhos

Para meus pontos cegos

Ofuscados pela luz que há em mim

Ele me cura

Dessa imensa loucura

Febre terçã

Ele me faz exorcizar

Pensamentos insanos

É ele enfim

Que me despe

De minhas dores da alma

Esse deus que não existe

Sou eu

Eu o crio à minha imagem

Semelhante à minha desesperança."


(Gustavo Adonias)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Wednesday, July 11, 2007


ELOQUÊNCIA SECRETA


"Prefiro as pausas entre as falas

Onde as palavras gritam

Eloquência secreta

Dos silêncios..."


(Raiblue)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*


Tuesday, July 03, 2007


MEU FADO


"Meu fado

É fardo farto

Fruto do muito

Que luto

Menor

Que muitos outros fatos

Que outros tantos cantos

Dramáticos

Meu fado

É tímido

Quase calado

Fado cansado

De tudo que é fadado

À um falso efeito

Dentro do peito."


(Gustavo Adonias)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional sob número 401.580*