Saturday, July 31, 2010



INFINITO TERRITÓRIO DE AMAR


No velho alforje

Ilusões gastas

Na algibeira

Estrelas frias

As alpercatas remendadas

Correm milhas

Em meio às secas trilhas

Caminhos sem novelo

Onde perder-se é muito fácil

Questão de tempo, quase um desejo

Fugir na madrugada

Antes da vida acordar

Antes do galo, vigia eterno, cantar

Percorrer todo o sertão

E todo o mar

Sem sair das veredas do coração

Infinito território de amar...


(Gustavo Adonias)


*poesia registrada na Biblioteca Nacional*


Wednesday, July 21, 2010


DESÉRTICA TRAVESSIA

Sigo a travessia

Em uma desértica caravana

Equidistante da incerteza do instante

E do futuro feito de névoa e nada

Atravesso tempestades

De areias e vontades

Desprovido de oásis

Nunca chego a um fim

Vivo com a alma nômade

No Oriente do meu peito

Sou feito de caminho, lua e mistério

Um dia me perco nesse itinerário

E encontro uma vereda

Rumo ao mar...

(Gustavo Adonias)
*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Tuesday, July 13, 2010



PERSEGUINDO ASTROS


Perseguindo astros

Como quem segue rastros

Pequenos galhos

Frutos silvestres

Tudo é pista

Sina do encontro

O homem roda e fica tonto

Tanto quanto o pião que gira

E mira o caminho de ser sozinho

Perseguindo astros

Lua e sol no lençol do firmamento

Estrelas de alabastro

No quarto crescente do subconsciente...


(Gustavo Adonias)

*poesia registrada na Biblioteca Nacional*