Sunday, June 21, 2009


VEREDAS DO SERTÃO DA ALMA


Sob a lua do sertão da alma

Acendo a fogueira-coração

Açude da sina

Flor do espinho do mandacaru


Veredas vão brotando

Da erosão da carne

Sulcos por onde a chama transpassa

Desvendando camadas

Sob o seco solo...


Oásis vermelhos

Onde a vida ainda jorra


Águas do inconsciente

Trazendo esperança

Ao espírito ressecado do homem

Retirante do deserto de si mesmo

Caatinga no espelho rachado

Como o chão do sertão...


(Gustavo Adonias & Raiblue)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*