Monday, April 02, 2007



ADEUS ILUSÃO


"Eu me dispo


Viro-me ao avesso


Arranco essa falsa aparência


Essa ânsia de parecer normal


De andar como os outros andam


Viver a mesma vida homogênea


Sonhar os mesmos sonhos


Ser a mesma coisa


Pessoa de sempre


Sem heterônimos


Sem ter um outro eu


Que goze a vida


Eu só sei da ferida


Da viva e vermelha chaga


Que chama-se coração


Chama que chega na garganta


E me faz gritar mudo:


'Adeus ilusão' ."


(Gustavo Adonias)



*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*




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