Wednesday, February 04, 2009


AMORES URBANOS (no caos cotidiano...)


Grandes cidades

Amores urbanos

No caos cotidiano

O concreto fere

E forja as relações

Companheiros de individualismo

Vizinhos de solidão

Estamos perdidos

Sonhando com alguém

No meio da multidão

Que complete

Nossos divididos corações

Estilhaços de sonhos

Olhares sem tempo

Tudo é muito rápido

Nesta lenta agonia

Já não olhamos para o lado

Já não damos mais bom dia

Vivemos da aritmética fria

De multiplicar e não dividir

Não damos chance

Para que os outros alcancem

Nossas mentes e corações

No peito vazio

Sentimos frio

Nos aquecemos com ilusões

Cotidianamente...


(Gustavo Adonias)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*

1 comment:

Unknown said...

Como se o amor fosse, aos poucos, perdendo espaço em meio a tantas mudanças... mas não pra mim... e, pelo visto, não pra vc. Nunca.
Lindo, Gu! Sempre adoro ler você!

Beijos,
Lorena