Sunday, August 27, 2006


PESO

"De dentro da parede cavernosa do meu peito
Das catacumbas escuras do meu corpo
Ecoa lamento percussivo
Som rastejante, trovão na clareira
Chumbo grosso
Sino de pedra, rochedo vibrante
Serpente de olhos vermelhos
Que devora meus segredos
Conhece minhas entranhas
Entoa um canto pesado
Como o último canto jamais entoado
Traz a noite mais densa que jamais houve
Seca o último rio existente
E recomeça tudo de repente."

(Gustavo Adonias)

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