PEQUENO VILAREJO
Manhã aberta a sonhos
Rosa no peito
A vida brinca nos poros
Chaga cicatrizada do ontem
Fronte luminosa
No delta do dia
Barcos saem para o mar
Sina incerta
"Vou trabalhar, meu bem querer..."
Brancas nuvens movem-se
Vazias e calmas
O ar marítimo
Navega os alvéolos
Tudo é festa para os sentidos
Eterno ensaio da aurora
Para a grande peça diária
Alimento para o corpo e a alma
Os homens aos poucos despertam
Em gestos diários
Acenam os reencontros
O cotidiano sem pressa
Abre novamente suas janelas
Tudo segue o seu curso
No pequeno vilarejo que há em nós...
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*
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