A QUEDA DE UM ANJO
Um anjo de asas vermelhas
Voando em círculos
Vai perdendo altitude
Tal como um avião abatido pelo fogo do inimigo
A queda demora o tempo delicado da espera
O ser alado de asas feridas
Ruma ao solo
Anjo caído
Cheio de falhas e imperfeições
Surreal tela
O anjo que cai também sou eu
Suas asas despedaçadas são a minha alma
E o meu humano coração de ilha
A mil milhas do continente mais próximo
Sozinho e rubro
Batendo fundo
Como a queda de um anjo ao crepúsculo...
(Gustavo Adonias)
*poesia registrada na Biblioteca Nacional*
No comments:
Post a Comment