"A verdadeira viagem é aquela que não se faz, já está em nós..."
(Gustavo Adonias)
ETÉREAS VIAGENS
Com um velho gosto de sangue na boca
E o corpo calejado
Viajei tantas milhas
Por ilhas perdidas no arrebol
Estive nos quatro cantos
Deste mundo nauseabundo
Como em uma nau minúscula
Jogada em uma tempestade
Vi mil povos, de mil e um países
Todos com suas angústias específicas e universais
Com suas ruínas obscuras
Que preferem esquecer
Estive em florestas tão densas
Que pareciam me sufocar
Molhadas por uma água eterna
E um calor inclemente
Visitei desertos tão secos
Asfixiando o desejo de sobreviver
Sobrevoei cidades de pedra
E outras modernas
Onde o vazio é o mesmo
Conheci tantas línguas
Todas elas mudas
Na linguagem do coração
Vaguei por toda a Terra
E o cosmo insondável
Vivi tudo isso
Com as asas da alma
Sem sair do lugar...
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*
2 comments:
...demais!!! tudo lindo.
perfeito sentir.....expor assim.
alma....levando nada de um tudo que nao nos deixa mentir. amamos sem mto compreender e compreendemos o que ninguem mais acredita ser.
queria ser poeta como vc.
adorei o blog. todo ele.
bjssssss;
...tudo que sofreste não foi em vão, esteja certo!!!
"com as asas da alma sem sair do lugar" é ainda mais poético, e por que não dizer: divino!
Amigo, amei seus poemas e voltarei aqui nesse seu espaço.
Veja poema semelhante, de minha autoria, se lhe apetecer:
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasbucolicas/2010639
Não sou poeta, sou professora de Letras e arrisco algumas coisinhas aqui e ali, apenas!
Um grande abraço!
E meus parabéns pelo seu estilo.
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