"Atravesso a longa avenida do meu ser
Munido de certezas vãs
Blindado de seguranças inúteis
Trago o meu sol portátil
Retrátil lumiar que me faz brilhar
Antes de desaparecer no meio de tudo
Antes de esquecer-me do início das coisas
Lembranças porosas, pálidas
Pedaços de ícones
Instantes líquidos
De meu precipício ambulante
Não sou igual, nem diferente
Arrisco, e meu risco é ter segurança
Insisto, e já não sei se é isto
Que me faz sentir como eu sou
Sou mais um
E ao mesmo tempo único
Só eu me vejo como eu acredito que sou realmente
E enquanto penso sobre isto
As nuvens passam
Sem notarem que eu existo."
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional sob o número 401.580*
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