ADEUS ILUSÃO
"Eu me dispo
Viro-me ao avesso
Arranco essa falsa aparência
Essa ânsia de parecer normal
De andar como os outros andam
Viver a mesma vida homogênea
Sonhar os mesmos sonhos
Ser a mesma coisa
Pessoa de sempre
Sem heterônimos
Sem ter um outro eu
Que goze a vida
Eu só sei da ferida
Da viva e vermelha chaga
Que chama-se coração
Chama que chega na garganta
E me faz gritar mudo:
'Adeus ilusão' ."
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*
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