
SEGUNDOS ETERNOS
Seus olhos de lua cheia
Brilhavam com tanta intensidade
Eclipsando toda a dor
Só restando o amor
Olhos esvoaçantes
Abrindo as janelas da alma
Movendo-se
No cosmo do quarto azul
Louco céu sem cortinas
Íntimas nebulosas
Galáxias de pálpebras
Finíssimas sedas
Olhos, acima de tudo
Código mudo
Além deles, apenas ilusões
Embarco nesses olhos
Rumo à eternidade
Dos nossos segundos...
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*