DIVINA COMÉDIA DA MENTE
Com as ilusões dilaceradas pela realidade
Parto em longa viagem
Pelo abismo que há em mim
Itinerário incerto
De loucas estrelas em queda livre
Pelo céu do meu sub mundo
Utópico lugar
De seres inimagináveis
E paisagens irrealmente belas
De estranhas criaturas
Que habitam minhas cavernas mais obscuras
Um mundo feito à imagem e semelhança
Dos meus mais profundos desejos
Sem segredos
Despojados das máscaras cotidianas
Onírica travessia
Pelos meus paraísos, infernos e purgatórios
Divina comédia da mente
Meu refúgio, sempre que o real me condena
Ao tédio dos dias sem fim...
(Gustavo Adonias)
*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*