Wednesday, July 18, 2012

MEU ESTADO, A PALAVRA...


Com as asas de um grito
Sangro o oceano do mito
Singro artérias, quimeras
Até onde o meu peito alcança
Sou todo o horizonte
Vinho vermelho da esperança
Sou ilha, louca Creta do coração
Em terras sem ouro
O meu olho brilha
Onde não há rei
O amor é a lei
E nada mais nos poderá fazer sofrer
A palavra há de ser o meu estado...
 
(Gustavo Adonias)


*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Saturday, June 16, 2012

IMPERFEIÇÕES



Imperfeições
Imperfeitos corações
Humanos, comuns
Todos somos espelhos quebrados
Parados no tempo que imaginamos eterno
Somos todos estranhos
Iguais e diferentes
Brilhantes pedaços de nada
No giro gigante do universo...

(Gustavo Adonias)


*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Friday, May 11, 2012

INÍCIO, MEIO E FIM



Dias desérticos
Na alma um labirinto
Contra-mão da razão

A vida corre louca
Nas ilhas, veias, lendas, fendas frias
Tudo pulsa e passa
Cala e rasga
Finda e brinda
Um novo começo
Quase esqueço
Que as coisas são assim
Tem início, meio e fim...

(Gustavo Adonias)
*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Sunday, July 17, 2011

ARES DE LUZES (nos céus de Van Gogh)

tela de Van Gogh


Nos céus de Van Gogh
Estrelas turbulentas
Rodopiando feito moinhos de vento
Nossa razão gira
O coração pulsa
Ciclones de incerteza
Rara beleza há na loucura
Dos seres que brilham nas noites mais escuras
Um acorde ecoa
É a alma que canta
E voa liberta
Pelos ares de luzes...

(Gustavo Adonias)

*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Monday, June 13, 2011

A BUSCA DO POETA



 


O coração do poeta
Entre o alvo e a flecha
Segue a sina
Pela estrada imperfeita
Olha no olho do ciclone
Sente uma coisa sem nome
Um desejo de voar sem asa
Destino de não ter casa
Desatino de quem sempre busca
Uma vida maior que as linhas que escreve
Uma eternidade, ainda que breve
Uma imortalidade, que cabe no espaço de uma saudade
O poeta busca nos céus a sua morada...



(Gustavo Adonias)


*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Monday, March 28, 2011



CHOVE


Chove sobre a cidade

Lavando as ruas

Levando as dores nuas

Quiçá renovando a existência

Dando alma à alma humana

Já tão carente de esperanças


Chove

E a vida segue, cega

Os homens já não vêem seus irmãos

Que a chuva seque as lágrimas

E o sol volte a brilhar

No peito humano...


(Gustavo Adonias)



*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Sunday, February 27, 2011


A ETERNA CASA DO AMOR

Solidão não mais me assombra
Hoje tenho porto certo
E um coração liberto
Já não tenho medo
De um futuro escuro
Hoje trago uma chama de esperança em meu peito
E asas com as quais percorro
A eterna casa do amor...

(Gustavo Adonias)


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*